A edição do jornal Folha de Boa Vista, desta quarta-feira (24), trouxe um artigo do senador Mecias de Jesus.
Veja abaixo o artigo na íntegra:
Nosso planeta vivencia, nos dias de hoje, a fase mais aterrorizante desse tempo chamado “moderno”, com o advento da pandemia causada pelo Covid-19. A Organização Mundial de Saúde (OMS), agência subordinada à ONU, refez e corrigiu diversas de suas manifestações com relação ao procedimento que deveria ser dispensado no tratamento e na profilaxia do vírus. Não têm sido unânimes, desde o começo da crise, as manifestações de cientistas de reputação internacional.
O que se sabe é que o mundo inteiro foi tomado verdadeiramente de assalto, na globalização da pandemia, com as populações dos diferentes países chorando a perda de entes queridos e familiares que somam números devastadores. Cientistas têm se mobilizado em busca de respostas à inaudita provação.
O grande número de casos registrados promoveu, como seria de se esperar, aumento substancial na demanda de produtos medicamentosos, gerando escassez. A situação veio se agravando de tal maneira, que itens considerados corriqueiros e frequentes, no atendimento hospitalar do dia a dia, começaram a se tornar raros.
A escassez do Besilato de Atracúrio é uma preocupação no estado de Roraima, por exemplo, e em diversos outros estados, acondicionado em ampolas de 2,5ml, é utilizado “como coadjuvante de anestesia geral para facilitar a intubação endrotraqueal”. Este remédio propicia “o relaxamento da musculatura esquelética” e pode ser considerado indispensável em sua finalidade.
Assim como este, outros medicamentos vêm tendo a sua distribuição atrasada, em função da grande procura e utilização incontável em números de pacientes emergenciais. Laboratórios têm trabalhado em ritmo acelerado buscando suprir a abrupta demanda. Por isso que imensa parcela desses produtos simplesmente desaparecera do mercado.
O nosso país necessita, agora, da participação de todos e da dedicação integral de seu povo para a superação de tantos obstáculos. Cada qual deve assumir responsabilidades e deveres. A pandemia é flagelo além de qualquer expectativa ou projeção, minando a capacidade de atendimento de nossos hospitais e centros de saúde.
Antes de culpar práticas administrativas ou falhas de gestão pública, no âmbito dos poderes constituídos, torna-se imperioso mobilizar recursos disponíveis para o combate dessa doença que fustiga todas as classes sociais com igual fúria. O momento é de união e solidariedade, sobrelevando as diferenças e desigualdades.
Os países, em diversos cantos do mundo, têm se dedicado à massificação da vacina em seus habitantes, na esperança de regresso à normalidade. E cabe ao Brasil, aderir ao movimento, com agilidade e negociação, viabilizar a imunização a fim de buscar a retomada das atividades econômicas no país. Os brasileiros, de norte a sul, suplicam por vacina! Aguardamos ansiosos o empenho do Governo Federal, governos estaduais e prefeituras municipais nessa força tarefa, uma gigante logística unificada entre os poderes e associada ao cumprimento das responsabilidades individuais de cada cidadão. Esse é o desafio, como Nação, juntos, com responsabilidade vamos alcançar um impacto significativo na batalha contra a Covid-19.
Não se tem como dizer por quanto tempo ainda iremos enfrentar adversidades e efeitos causados pela presente pandemia. O que temos certeza é da necessidade de estarmos unidos no combate a este desafio, humildes e solidários com o nosso semelhante, atuando no sentido de mitigar dores e aflições.
*Senador da República pelo estado de Roraima