Brasília – O senador Mecias de Jesus, irá ao Palácio do Planalto nesta terça-feira (03), para reunião com o presidente Jair Bolsonaro, juntamente com o governador Antonio Denarium, deputados federais Jhonatan de Jesus e Hiran Gonçalves, ministros de Estado e representantes de órgãos federais, a fim de definir os rumos do Linhão de Tucuruí.
A expectativa é que Jair Bolsonaro assine durante a reunião, o decreto que destina recursos para a compensação ambiental pela passagem do Linhão, nas áreas indígenas Waimiri/Atroari. O parlamentar roraimense pretende ver solucionadas as pendências ainda existentes, para que se dê início de imediato às obras. “Precisamos resolver essa questão e garantir uma energia limpa e de qualidade para o nosso Estado. Fiz questão de garantir na Lei da privatização da Eletrobras, que a União tenha autonomia para iniciar imediatamente a construção do Linhão de Tucuruí. O início da obra hoje depende apenas da concretização desse acordo”, enfatizou Mecias de Jesus.
Mecias de Jesus tem defendido, desde que tomou posse, a construção imediata do Linhão, a fim de interligar Roraima com o Sistema Integrado Nacional (SIN), que cobre e abastece os demais estados da Federação. Roraima é a única unidade federativa que depende de usinas termelétricas para o abastecimento energético. Por consequência, a energia produzida é muito cara e promove enorme insegurança. “Vamos até o Palácio do Planalto para resolver algumas questões e assim assinar o acordo com todos os Órgãos Federais para que o início das obras do Linhão de Tucuruí finalmente seja liberado”, afirmou o senador Mecias.
O senador conseguiu aprovar, inclusive, uma Emenda na Lei (14.182/2021), acrescentando o parágrafo 9º ao art. 1º, onde fica determinado que “A desestatização da Eletrobrás não impedirá a continuidade das obras de infraestrutura destinadas à geração de energia elétrica do Linhão de Tucuruí”. Diz que cabe à União “promover a interligação de sistemas isolados ao Sistema Interligado Nacional” (SIN). Ficando ainda determinado que “uma vez concluído o Plano Básico Ambiental-Componente Indígena (PBA-CI), traduzido na língua originária e apresentado aos indígenas, fica a União autorizada a iniciar imediatamente as obras do Linhão de Tucuruí”.
Está previsto no encontro, que deve acontecer no período da tarde, a presença de representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes (ICM-Bio), Ministério Público Federal, Tribunal Regional Federal da 1 ª Região, Fundação Nacional do Índio (Funai), Associação dos indígenas Waimiri-Atroaris e dos Ministérios do Meio Ambiente e Minas e Energia.