O conflito Israel-Palestina provocou dezenas de milhares de mortos e deslocou milhões de pessoas desde o seu início, com raízes na colonização britânica da região há mais de um século. A atenção se voltou mais uma vez para o tema, após o ataque do grupo terrorista Hamas a Israel no dia 7 de outubro, que surpreendeu o mundo pela facilidade de transpor as fronteiras até então vistas como intransponíveis de Israel.
Nesta quarta-feira (18), o líder do Republicanos no Senado Federal, Mecias de Jesus, discursou sobre o conflito e fez duras críticas ao governo brasileiro. “Há relatos confiáveis, apontando que os invasores decapitaram mais de cem bebês. Apesar de tudo isso, o governo brasileiro, em nota assinada, não classificou o Hamas como grupo terrorista, alegando seguir orientação da Organização das Nações Unidas (ONU). O atual governo não reconhece a importância na testemunhada decapitação de bebês e terríveis atos de carnificina praticados pelo Hamas”, enfatizou o líder.
Mecias de Jesus explicou ainda que três dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, França, Estados Unidos e Reino Unido, classificam o Hamas como grupo terrorista e afirmou que os atos praticados agora, em Israel, são inegavelmente atos terroristas. “Não pretendo aqui fazer histórico a respeito das origens desse conflito. Nem historiar as razões do ódio existente entre judeus e palestinos. O fato é que a nação israelense foi agredida com toda violência e insânia, e busca, agora, resgatar os seus nacionais em poder de terroristas”, destacou o senador.
O Hamas é um movimento islamista palestino, cuja maior influência é sunita, sendo considerado o mais relevante grupo islâmico da Palestina. Em 2006, o Hamas venceu as eleições, cujo regime de governo é parlamentarista. Foi a primeira vez que esse grupo chegou ao poder, cujo domínio vinha sendo exercido pelo Fatah, organização fundada por Yasser Arafat, em 1957, e que esteve no comando até a ascensão do Hamas.
O atual presidente da autoridade palestina, Mahmoud Abbas, com 87 anos de idade, é vinculado ao Fatah, e trava forte disputa com o Hamas, com quem diverge em vários aspectos fundamentais. Mahmoud Abbas condenou a ação violenta do Hamas, na agressão cometida contra Israel, e apelou para que os civis sequestrados, homens, mulheres, idosos e crianças sejam devolvidos àquele país, a fim de que se ponha fim à selvageria perpetrada. O objetivo declarado do Grupo Hamas é destruir o estado de Israel.