O senador Mecias de Jesus, afirmou, nesta quarta-feira (13), que a construção do Linhão de Tucuruí, levando energia elétrica de Manaus, Capital do Amazonas, até Boa Vista, Capital de Roraima, “depende apenas de vontade política e empenho por parte do Governo Federal”. O senador é autor da emenda na Lei 14.182/2021, obrigando à União a iniciar imediatamente sua construção.
Considerada a verdadeira redenção para o desenvolvimento econômico roraimense, a construção do Linhão encontra-se sempre colidindo com inexplicáveis obstáculos. “Parecem ter como objetivo solapar o estímulo e a determinação da população do nosso estado, como se buscassem minar nosso esforço em defesa de melhores dias para todos os que nele vivem”, disse o senador.
Mecias tem se empenhado junto aos senadores, em especial os integrantes das bancadas dos demais estados da Região Norte, num apelo de união em defesa desse pleito, pois os efeitos positivos beneficiarão a todas as sete unidades federativas integrantes. Ele lembrou que Roraima já foi polo exportador de arroz, favorecendo sua vizinhança, antes de decisão judicial que expulsou rizicultores e desmontou sua estrutura de produção. “O Linhão de Tucuruí é fundamental para firmar as bases indispensáveis para o desenvolvimento de Roraima. Estamos acostumados à luta e não nos assustam as dificuldades que surgem. Os obstáculos que se interpõem nos encorajam nessa batalha que é de todos que defendem e amam o estado”, afirmou o representante de Roraima.
Além do senador, o também deputado federal Jhonatan de Jesus, movimenta-se na articulação de seus pares na Câmara, procurando alcançar o mesmo objetivo, qual seja o de apressar a conclusão do Linhão, cuja extensão perfaz um total de cerca de 721 km: são 125 km dentro da área indígena Waimiri-Atroari, e o restante, 596 km, em solo vinculado diretamente à União. “O meu trabalho, como senador de Roraima, já garantiu na Lei 14182/2021 a viabilização dessa obra”, destacou Mecias.
Roraima depende, basicamente, de cinco usinas termelétricas altamente poluidoras, consumindo cerca de um bilhão de reais anuais para o seu funcionamento. Uma dessas usinas, inaugurada pelo presidente Bolsonaro, em 2021, é parte do projeto integrado Azulão-Jaguatirica II. A usina é abastecida com gás natural da Bacia do Amazonas, que chega a Roraima em forma líquida, transformando-se em energia elétrica. “O funcionamento da usina de Jaguatirica II e as usinas termelétricas nos municípios do Cantá e Bonfim, representam avanços significativos na luta pela segurança energética nos últimos três anos. Porém, Roraima suplica ainda pela construção do Linhão para ter energia segura”, disse o senador.
Com a chegada do gás, o abastecimento de energia elétrica alcançou um nível de cerca de 70% do consumo total. O valor anual gasto com a manutenção das usinas é quase que suficiente para o financiamento total da construção do Linhão. “A população paga as contas de energia mais caras do país e nós temos que resolver definitivamente esse problema”, alertou Mecias de Jesus.