Comissão dos yanomami debate sobre a crise na Terra Indígena
Mecias de Jesus defendeu ações permanentes na região

O senador Mecias de Jesus participou hoje (16), da audiência pública realizada pela Comissão Temporária Externa que acompanha a situação dos yanomami e a saída dos garimpeiros da terra indigena.

Para Mecias o Governo Federal precisa propor políticas públicas permanentes, com maior presença na área indígena, lembrando que a questão yanomami ocorre há décadas e estão sempre pendentes de solução. “Não adianta o Governo ir lá agora e fazer uma megaoperação e depois abandonar novamente os povos indígenas” Tem que construir mecanismos para que essas pessoas possam viver dignamente, como eles merecem”, defendeu.

O indígena yanomami Alberto Brazão, ex-presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), questionou o direcionamento de recursos do governo federal a partir do Fundo Amazônia e de ONGs para a comunidade indígena em Roraima.

A senadora Damares, que frequenta a Comissão, mas não a integra, falou a respeito de sua preocupação com as constantes invasões que ocorrem na região dos yanomami. Ela deixou claro ser necessária a presença constante do estado, para que as invasões não se repitam eternamente. 

O senador Mecias apelou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para que seja instalada a CPI das ONGs no Senado, pois é preciso, segundo ele, apurar possíveis irregularidades que são praticadas por essas organizações, sem que haja esclarecimento ou punição. “Precisamos saber de que forma estão sendo usados os recursos que são destinados às ONGs que atuam nas áreas indigenas”, disse. 

O presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Dom Roque Paloschi, que foi bispo da Diocese de Roraima por dez anos e meio, fez parte da audiência e apontou alguns problemas que vivenciou no estado em sua permanência. Seu depoimento referendou a maior parte do que foi dito pelos senadores roraimenses, Dr. Hiran e Mecias de Jesus, em especial no que se refere à indispensabilidade de estruturação de plano de ação que obrigue maior presença do estado brasileiro, dando enfoque imperativo à questão da saúde indígena.